segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Pouco de Praia Seca

Ouve-se ao longe uma batida de funk;
Sobrepõe-se ao barulho das ondas,
Quando calmas.
A maresia só incomoda no inverno,
Se ficarmos nus;
Quando não, cabelos ao vento.
Isso tudo à noite,
Após passar o dia admirando
As ondas, das pessoas, do oceano.
Dourando a pele na areia, ao sol,
No calor da tranqüilidade daquele lugar,
Refrescando com cervejas ou cocos.
A paisagem das salinas
Remete a um passado próspero.
Hoje, aquela nostalgia é tombada,
Aliás, parte dela, a outra é loteada.
No nome uma característica;
Ora irônica, ora realista.
O mar e a lagoa,
O cerrado e as extintas dunas.

Uma Tarde

Numa tarde ensolarada;
Apenas uma sexta-feira.
Aquela que precede a loucura
Dos fins de semanas e dos amores.

Algumas cervejas, outras poesia;
Nada mais inspirador.

Uma criança brinca neste parque,
Enquanto o sol amorna as minhas costas.
E eu penso nela.
A Conterrânea que me extrai
Os sorrisos de que me esqueci,
A altivez que enterrei
E a alegria que jurei
Nunca mais procurar,
Para que eu não pudesse perdê-la.

É esta tarde que acalma,
Ou a tristeza que relevo?