segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Pouco de Praia Seca

Ouve-se ao longe uma batida de funk;
Sobrepõe-se ao barulho das ondas,
Quando calmas.
A maresia só incomoda no inverno,
Se ficarmos nus;
Quando não, cabelos ao vento.
Isso tudo à noite,
Após passar o dia admirando
As ondas, das pessoas, do oceano.
Dourando a pele na areia, ao sol,
No calor da tranqüilidade daquele lugar,
Refrescando com cervejas ou cocos.
A paisagem das salinas
Remete a um passado próspero.
Hoje, aquela nostalgia é tombada,
Aliás, parte dela, a outra é loteada.
No nome uma característica;
Ora irônica, ora realista.
O mar e a lagoa,
O cerrado e as extintas dunas.

Uma Tarde

Numa tarde ensolarada;
Apenas uma sexta-feira.
Aquela que precede a loucura
Dos fins de semanas e dos amores.

Algumas cervejas, outras poesia;
Nada mais inspirador.

Uma criança brinca neste parque,
Enquanto o sol amorna as minhas costas.
E eu penso nela.
A Conterrânea que me extrai
Os sorrisos de que me esqueci,
A altivez que enterrei
E a alegria que jurei
Nunca mais procurar,
Para que eu não pudesse perdê-la.

É esta tarde que acalma,
Ou a tristeza que relevo?

terça-feira, 31 de julho de 2007

O filósofo em seu trono

Pensativo; e sempre nessa situação.
O suor da bunda de alguém,
Encostando melosamente na minha.

Esqueci de limpar a latrina
Antes de cagar no público,
Ou melhor,
De limpar a privada pública
Antes de cagar.

Juro que não sou tão bundocêntrico,
Também pensei que a crise aérea
Já estivesse normalizada,
E que minha aluna tinha bafo ruim,
Mas estava muito bonita.
Ah! Meu papagaio podia falar: Porra!

Ops! Senti uma gota
Caindo para cima.
Este poema termina aqui.
Tenho algo importante a fazer.

Moral: Pensar e agir.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

De mal com a vida



Foi tão rápida aquela sensação

Que desistiu de sua pressa.


Compromissos ou promessas,

Eram todas para si mesmo.


Disse que faria tudo novamente

Se pudesse voltar àquela sombra.


Após anos de boa bebida

E anos de secura,


Voltou à maravilhosa embriaguez

Quase virgem de vinhos e cigarros.


Mesmo quando começou a chover,

Gostou de receber gotas na testa,


Como cuspes de ambrósia e

Catarro de deuses.


Estirado na grama, molhado

Calmo e lastimoso.


Seus olhos vermelhos de paixão

- Ou seria ódio?


Seu gozo duraria pouco;

Até fecharem o Parque Tietê.




Sabão...........


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PS: Marina, na verdade este blog não tem nada a ver com "O Segredo".



quarta-feira, 23 de maio de 2007

O Parto

Enfim,

Um tanto relutante em fazer o que muitas pessoas já disseram,
tomei coragem e abri mais uma das coisas que serão esquecidas
na internet.
O esforço de escrever aqui não será por preguiça, falta
do que fazer ou algo assim, mas será pela mórbida sensação de
inquietude, ansiedade e muitas vezes vazio interior. Querer gritar
e não saber que não tenho voz, não tenho palavra, não me escuto
e só faço por paixão/ódio; mesmo não sabendo do quê ou porquê.

Não será necessário entender estas palavras, pois como disse,
não as possuo e pouco as controlo. Não espero que gostem,
espero que aproveitem.


Sabão