O calor escorria por minha
pele seca
Onde muitas pessoas se
aglomeravam
Contemplando as flores mais belas.
Ao redor, todo o tipo
de gente,
Todos suados mas adoráveis
e felizes.
Admirei a calma e a
alegria esforçada,
Garantiram o bom sono
da família
Naquele sábado de
calor e cores.
As famílias partilhavam
sorrisos e broncas
Que se dissipavam a
cada canto florido.
Eu me admirava em
fazer parte daquilo
Eu queria ser aquelas
pessoas,
Suado, contente,
lutando pelas pétalas
Lânguidas que caíam do
céu
Sem medo de seu
destino.
Capturei duas,
envergonhado, desviando olhares.
Cruzei com aquele em mil
tons de verde
Mais penetrantes que eu
já havia visto.
Olhei desejoso, pensei
em tudo o que queria.
Mas quantos pedidos eu
deveria fazer?
Incerto da quantidade,
mas decidido,
Fitei minha vontade
naquelas pétalas,
Imaginei-me entregue
ao meu futuro,
E pedi o mais óbvio
que um homem
Preenchido de amor por
uma mulher
Poderia sem escolha
pedir.
Cravei meu olhar que
diziam mil páginas
Camonianas de entregue
amor
Naqueles olhos
multiverdes.
Minha vergonha
tombava,
Como nunca havia
antes.
Orgulhoso agora,
Entreguei meu reino em
vênia,
De espírito preenchido
e
Sem medo do meu
destino.
Em minha carteira
guardei
Toda a fonte de minha
bela sina.
Um pouco culpado por
não achar melhor lugar.
Voltei com meus olhos
tímidos
Aos meus pés pela
força do mau hábito.
Porém minha vontade
era a mais
Confiante e certa. Eu
sabia
Exatamente o que eu
queria.
Minha rainha, a bela
matriarca
Iluminando mais que o
sol que nos serenava,
Coloria o passeio com
seus magistrais
Olhos de todas as
cores.
Olhos verdes e
castanhos, fitos nas flores.
Essas que contemplavam
como eu
As covinhas daquele
amável sorriso.
As flores foram
testemunhas
Do evento mais solene
que um coração pode partilhar.