Conformação II
Vagueio em seus lugares
Procurando seu cheiro
Sou um cachorro sem dono.
Guio-me pelo extinto mesmo sabendo
Que nós é extinto.
Desatamos aquele nó,
Mal me restou o pó.
Me entreguei novamente
Ao passado distante
E um improvável futuro.
Mas seguirei meu rumo;
Rio abaixo; Que saudade do Rio!
Da carioca, da Conterrânea.
Encalho mais uma vez
E lá se vai uma noite de sono.
Lerei isso com rancor?
Que saudade do Rio,
O lugar comum que me esvaziava o coração.
Até o fim destas notas
Lembrarei de não escrever
A terceira Conformação.
Pois até lá estarei mais forte
Sem ela, sem ninguém.
Solidão é dois gumes de uma faca enferrujada
A liberdade e a segurança.
Ai! Que saudade do Rio.
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