terça-feira, 11 de maio de 2010

Conformação II

Vagueio em seus lugares

Procurando seu cheiro

Sou um cachorro sem dono.

Guio-me pelo extinto mesmo sabendo

Que nós é extinto.

Desatamos aquele nó,

Mal me restou o pó.

Me entreguei novamente

Ao passado distante

E um improvável futuro.

Mas seguirei meu rumo;

Rio abaixo; Que saudade do Rio!

Da carioca, da Conterrânea.

Encalho mais uma vez

E lá se vai uma noite de sono.

Lerei isso com rancor?

Que saudade do Rio,

O lugar comum que me esvaziava o coração.

Até o fim destas notas

Lembrarei de não escrever

A terceira Conformação.

Pois até lá estarei mais forte

Sem ela, sem ninguém.

Solidão é dois gumes de uma faca enferrujada

A liberdade e a segurança.

Ai! Que saudade do Rio.

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