É esse infinito de vazio
Que preenche toda a existência.
Nada se achará
Se nos ampliarmos cada vez mais
Atrás dos vidros, das lentes,
Cada vez mais potentes.
O vazio das moléculas nos faz ocos
E as descobertas espaçosas,
Ecos de sofística sabedoria.
É porque essa realidade é tão pífia,
Que a freqüência de nossos sentidos
Nos torna paradigmaticamente ignorantes.
Vemos o que pensamos
E pensamos no que vemos.
Seria mais outra realidade,
Ou apenas a nossa?
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