terça-feira, 8 de janeiro de 2008

(In)utilidade de minha existência

Não tenho o que dizem e o que querem,
Não lhes darei o que um dia não possuí.
Não me odeiem por minha sinceridade,
Sou apenas mais um... e infeliz.

Não sou quem procuram;
De salvador não tenho nada;
Minhas palavras nunca curam.
Por isso não lhes livrarei
destas terríveis pragas.

Viver é a pior delas,
Existir exigi-se persistência,
Quem não tem, sofre deveras;
Quem tem, suporta a penitência.

Não mais escreverei sobre desgraça,
Me colocarei, portanto e apenas,
Como a obra de um Artista em sua casa,
Onde fui somente um mecenas.

Nenhum comentário: